O dom de fracassar

>> terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sei lá, mas acho que agora que reativei o blog e estou tentando manter uma disciplina alimentar rígida, não devia começar exatamente com NF, como eu tentei esse fim de semana. Porque eu sei que eu relaxei e ainda não sou capaz. Pois é, eu não sou capaz. E aí nessas de fraquejar eu acabei - lógico - comendo algo e já que fodi meu NF, dane-se o mundo, comecei a comer igual um porco. Acho que eu comi por mim e por mais umas três Adeles esse fim de semana. (Nada contra a Adele, aliás, até curto Rolling In The Deep). O grande fato é que: tenho que ir com calma. O que eu falei no post anterior de não gostar de comer, era referente a comidas de "gente" como diz a linda da minha mãe. Arroz, feijão, carnes, etc. Não sou muito amante e não como nada disso, nem fico indo atrás. Mas daí me aparece a vizinha com bolo de chocolate e plin! Um copo de refrigerante aqui, uns brigadeiros ali e wow! Já era tudo... Se bem que no sábado até fui almoçar com a minha mãe e meu padrasto e acabei sendo um bom garoto comendo de tudo. Sabe, eu queria ser forte como eu era antes. Contava cada caloria e me pesava cinco vezes por dia. Essa exaustão de mim comigo mesmo está me prejudicando. Não é como se eu estivesse curado, é só que eu mantive outras coisas importantes na minha vida durante esse tempo e agora não estou mais tão disciplinado como era antes. Estou frustrado. Saco.

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Canção de Ninar

>> sexta-feira, 19 de agosto de 2011



Meu auto-controle está uma merda. Vamos trabalhar com a realidade. Eu penso, apenas penso, que sou forte mas estou fraquejando muito ultimamente. A grande questão é que eu não tenho a preocupação suficiente que eu devia ter e isso é reflexo do que aconteceu na minha vida esse ano. Não está sendo um 2011 muito gentil, meninas e meninos. Vim de um namoro acabado por traição, mentiras e muitas (muitas!) muitas mágoas até o trancamento da faculdade, entre outras coisas. Estou desleixado. Não me importo mais com nada e talvez não me importe mais nem comigo mesmo. Ainda bem que nunca gostei muito de exageros, do contrário teria ganho uns 15kg de janeiro pra cá. Eu nunca consigo passar dos 61kg, mas pra variar eu também nunca consigo diminuir mais do que 59kg. Sempre tive aversão a comida. Não gosto de comer. Odeio comer. Eu como porque preciso estar vivo, assim como você que está lendo esse texto agora e só está vivo porque, ora bolas, dá umas colheradas de vez em quando. Não me acho gordo, não do mesmo jeito que alguns caras que eu conheço, mas estou longe do meu ideal de magreza. A parte que eu mais odeio em mim é minha barriga e isso não deve ser novidade pra vocês. Ainda assim, me proponho a cortar hábitos e vícios e invés de sustentar essa historinha de não gostar de comer, quero me disciplinar de vez. Se eu tenho anorexia, bulimia ou qualquer outro tipo de transtorno alimentar, pouco me interessa. Só quero me sentir bem com meu corpo, com a minha vida e estar confortável com tudo. Difícil?

Estou ouvindo uma canção que meu pseudo-namorado fez pra mim. Pseudo porque só falamos pela internet, devido ao fato dele morar em Nevada (USA). É uma canção de ninar instrumental e tem o meu nome. É como um abraço quando eu choro.

Obrigado pelos comentários, vou passar no blog de vocês agora pra saber como estão.
Vocês sempre terão meu apoio em tudo. <3
Esse fim de semana será de nf.

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Covarde.

>> terça-feira, 16 de agosto de 2011

As vezes eu me sinto covarde. Minha melhor amiga me acompanhou na recuperação, e depois de ter chorado tanto ela se mostrou orgulhosa por eu me mostrar disposto e inclinado a me curar. Como dizer a ela então, que seus esforços foram em vão? Como chegar nela e dizer que sinto muito, mas a vida que eu quero pra mim é essa. Não há espaço pra comida até que eu alcance minha paz interior. Isso seria a maior decepção que eu posso dar a alguém, e eu não quero ser responsável pela tristeza de outras pessoas. Já fico me culpando demais, me condenando demais e me entopercendo demais. Triste comigo mesmo, pela dor que eu já causei, por tudo que eu posso causar e pela minha escolha (escolha?) de vida. Não posso, simplesmente abrir o jogo. Fiz isso uma vez e me arrependi. Ela se mostrou tão ocupada de mim, me levando ao consultório (sem nem deixar minha mãe desconfiar de nada...). E até chegou a sugerir fazer terapia de amigos duas vezes por semana. Iriamos ao shopping, ou outro lugar mais calmo, e conversariamos sobre a ana, e meus avanços. Eu disse a ela que não precisava mais de terapia, e que estava bem. Como eu ousaria mentir descaradamente outra vez a uma pessoa que estava se revelando um verdadeiro anjo na minha vida? É tão difícil e as vezes eu me sinto tão, tão covarde.

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Com os pés no chão?

"Eu me desliguei para evitar perda total. Eu teria fugido e diria problema resolvido, o quanto antes. Eu cresci enojado pela sua cabeça de mente fraca. Me imaginar engolindo sem mastigar não tem sido difícil"
-alanis morissette


E eu sinto que eu tenho cuidado muito mais de mim, nesses dias. Eu tenho me olhado no espelho, e me preocupado com minha saúde e com meu bem-estar. Eu sei que isso está ligado a todo esse tempo afastado da anorexia, e dessas lutas diárias por perder cada grama. Essa doença é uma grande merda, e hoje eu consigo enxergar isso. Só que de alguma forma, eu não quero me afastar totalmente. Minha saúde estava frágil, sim. Minhas mentiras maiores, sim. Minhas síndromes e medos e todas as consequências que vêm junto com a ana, incluindo depressão, estavam acabando comigo e com minha vida social. Como Alanis diz na música, eu decidi me desligar para evitar perda total. Eu quem quis. Tive ajuda, apoio e insistência dos meus amigos, óbvio, mas a ultima palavra foi minha. Eu decidi abandonar a ana, sozinho. Que outro anoréxico pode dizer a mesma coisa? E do mesmo jeito que fui embora, agora eu voltei. Mais consciente do que estou fazendo. Meus pés estão no chão, e embora eu saiba que vou sofrer, eu sei que valerá a pena quando eu alcançar minha meta. E estou mais do que disposto a conseguir.

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